Rússia avisa Reino Unido para retirar mais de 50 diplomatas do país
- de Lidia Salgado
- dentro Global
- — Mar 31, 2018
De acordo com um comunicado citado pela agência de notícias AP, já foram convocados 23 embaixadores dos países que estão a expulsar diplomatas russos em solidariedade com o Reino Unido, onde o antigo espião Sergei Skripal e a sua filha Yulia foram envenenados.
- As medidas serão recíprocas.
O Presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, sublinhou que "medidas adicionais, incluindo novas expulsões, não estão excluídas nos próximos dias e semanas", tornando claro que a crise diplomática não está perto do fim.
A Rússia já retaliou contra o Reino Unido e expulsou 23 diplomatas britânicos por conta do envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia. Os diplomatas norte-americanos devem deixar a Rússia antes do dia 5 de abril.
O governo americano, no entanto, respondeu mostrando insatisfação com a atitude e dizendo que a ação é "injustificada".
"Eles receberam uma nota que afirma que, em protesto pelas acusações insensatas e as expulsões de diplomatas russos (.), a Rússia declara 'persona non grata' a quantidade correspondente de funcionários diplomáticos", anunciou o ministério em um comunicado.
"É lamentável, mas à luz do comportamento anterior da Rússia, já antecipávamos uma resposta", disse uma porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros britânico. Estes mecanismos foram desmantelados.
A Salisbury NHS Trust, entidade que supervisiona o hospital onde Yulia e Serguei Skripal, de 66 anos, estão internados, indicou que a mulher, de 33 anos, está "a melhorar rapidamente e já não se encontra em estado crítico".
"É comum para a Border Force efetuar revistas a bordo de aviões para proteger o Reino Unido contra o crime organizado e quem tenta passar com substâncias nocivas como drogas ou armas ao país", declarou o secretário de Estado de segurança, Ben Wallace. O pai continua em estado crítico, porém já apresenta condição mais estável agora do que no momento da internação.
A polícia britânica falou que a investigação está concentrada na residência de Skripal em Salisbury, já que lá foi encontrada a maior concentração do agente nervoso Novichok, de tipo militar, na maçaneta da porta de entrada. A decisão russa é uma represália às expulsões de representantes do país em outras nações.
A embaixada classificou o incidente de "nova e flagrante provocação das autoridades britânicas" reflexo da "política hostil" de Londres em relação à Rússia.
Ele acrescentou que a Rússia está reagindo a "medidas absolutamente inaceitáveis, tomadas sob grande pressão dos Estados Unidos e Grã-Bretanha sob o pretexto do denominado caso Skripal".
Esta ofensiva diplomática internacional é uma resposta ao envenenamento de um antigo espião russo a residir no Reino Unido. A Rússia negou qualquer envolvimento no assassinato.